IFUCIStrategy Survey

Questionário de âmbito nacional sobre a gestão e o tratamento das Infeções Fúngicas Invasivas em Cuidados Intensivos em Portugal:

• Recolha de dados epidemiológicos e clínicos, focado nas infeções pelos fungos mais prevalentes e nos de mais desafiante abordagem terapêutica
• Foco nos perfis de resistência, no tratamento antifúngico, incluindo monitorização da ação dos fármacos, doseamento e atingimento de órgão alvo
… no contexto da complexidade do doente crítico em cuidados intensivos.

1.Aspergilose pulmonar no doente crítico (assinale todas as afirmações com que concorda)(Required.)

Em doentes com infeção pelo vírus influenzae, presumo o diagnóstico de aspergilose pulmonar quando há deterioração clínica não explicada por outra causa.

Em doentes de alto risco, quando há deterioração clínica não explicada, costumo realizar lavado bronco-alveolar (LBA) para obtenção de amostras da via aérea respiratória inferior.

Inicio tratamento antifúngico em doentes de alto risco, quando há deterioração clínica não explicada por outra causa, sem aguardar os resultados microbiológicos.

Oriento-me pelo resultado da galactomannan no aspirado traqueal antes de iniciar tratamento antifúngico.

Considero a realização de TC pulmonar como auxiliar na decisão de iniciar terapêutica antifúngica

2.Os últimos estudos epidemiológicos de resistência ao Aspergillus realizados em Espanha (ASPEIN I e ASPEIN II) confirmam a existência de A fumigatus resistente aos azóis (assinale todas as afirmações com que concorda)(Required.)

A maior parte da resistência observada aos azóis é de origem ambiental

É necessário começar a considerar a presença de resistência aos azóis em doentes onde não se observa melhora clínica, apesar da terapêutica

Em doentes medicados com azóis onde não se observa melhoria clínica, é fundamental o laboratório ou outra instituição identificar mutações de resistência

Em doentes medicados com azóis onde não se observa melhoria clínica, é fundamental o laboratório ou outra instituição estudar a sensibilidade aos azóis

3.Quando há suspeita de resistência aos azóis num doente em tratamento para aspergilose, que estratégia adota?(Required.)

Mudança para classe antifúngica de amplo espectro – anfotericina B lipossomal

Associação com outro antifúngico de amplo espectro

Aumento da dose do antifúngico

Tratamento combinado com dois novos antifúngicos de famílias diferentes, que não azóis

4.Na abordagem da aspergilose em doentes com gripe (assinale todas as opções aplicáveis)(Required.)

Inicio profilaxia nos doentes ventilados, se houver fatores de risco

Inicio tratamento empírico, mesmo na ausência de exames laboratoriais, quando há alta suspeita clínica

Inicio tratamento empírico, se identificar galactomannan + em BAL

O Isavuconazol e a anfotericina B lipossomal são tratamentos que considero na suspeita de aspergilose

A pneumonia grave por vírus Influenza não aumenta o risco de Aspergilose pulmonar invasiva

5.Alguns antifúngicos não atingem níveis séricos terapêuticos durante os primeiros dias de administração. Nesta situação, em caso de suspeita de aspergilose invasiva, qual estratégia considera que seria a mais adequada?(Required.)

Utilizar terapêutica combinada com antifúngico de outra classe e suspendê-lo após níveis séricos adequados

Verificar e prevenir potenciais interações medicamentosas (corticosteróides) e manter a monoterapia

Combinar um antifúngico de amplo espectro de outra classe e observar a evolução clínica

Não utilizar azóis se não houver disponibilidade de níveis séricos

6.Na sua opinião sobre a Candida parapsilosis resistente aos azóis (assinale todas as opções aplicáveis)(Required.)

Preocupa-me como um problema emergente no meu ambiente

A resistência está associada ao aumento da mortalidade

Não está associado à utilização prévia de azóis

A anfotericina B lipossomal deve ser preferida em relação às equinocandinas como primeira linha de tratamento

7.Na sua opinião sobre Candida auris (assinale todas as opções aplicáveis)(Required.)

Preocupa-me como um problema emergente no meu ambiente

Associa-se a maior mortalidade do que outras candidíases invasivas

A anfotericina B lipossomal deve ser preferida em relação às equinocandinas como primeira linha de tratamento

Recomendo terapêutica antifúngica combinada

8.Em que situações inicia tratamento antifúngico para candidíase invasiva (assinale todas as opções aplicáveis)(Required.)

Doentes com febre, sem resposta ao tratamento antibacteriano e com degradação clínica, sem resultados microbiológicos disponíveis

Quando atinge um limiar significativo num score de risco de infeção invasiva por Candida

De acordo com a determinação do β-d-glucan (BDG)

Só perante cultura positiva de Candida

9.O que pensa da monitorização sérica de antifúngicos em doentes graves (assinale todas as opções aplicáveis)(Required.)

O uso de ECMO e TSR pode estar associado a níveis sub-terapêuticos de azóis

Seria aconselhável monitorizar o isavuconazol em situações específicas, como doentes obesos com IMC >25m2 ou quando são utilizadas técnicas como ECMO e TSR

Os corticosteróides em altas doses podem reduzir as concentrações de azóis

Na prática é difícil realizá-lo ou receber resultados em tempo útil

10.Na sua opinião sobre candidíase intra-abdominal (assinale todas as opções aplicáveis)(Required.)

É subdiagnosticada

A incidência de C glabrata está a aumentar

As alterações fisiopatológicas típicas dos doentes críticos afetam principalmente os medicamentos hidrossolúveis, reduzindo sua passagem para o líquido peritoneal.

As equinocandinas estão associadas ao desenvolvimento de resistência em C glabrata, especialmente em peritonite

11.Quando iniciar tratamento antifúngico em peritonite (assinale todas as opções aplicáveis)(Required.)

No pós-operatório imediato de deiscência de sutura

Somente quando for atingido um limiar significativo num score de risco de infeção invasiva por Candida

Quando há isolamento de leveduras no líquido peritoneal

De acordo com a determinação do β-d-glucan (BDG) no líquido peritoneal

12.Como interpreta o isolamento de Candida spp em amostras respiratórias (assinale todas as opções com que concorda)

Na maioria dos casos corresponde a colonização e não deve ser alvo de terapêutica dirigida

Quando presente em cultura pura numa amostra de esputo / aspirado traqueal de boa qualidade deve ser interpretado como causador de infecção

É irrelevante na avaliação de risco de candidíase invasiva

Não é agente causal de pneumonia independentemente das co-morbilidades

13.Que metodologias de diagnóstico tem actualmente disponíveis na sua prática clínica habitual (assinale as que dispõe)

Pesquisa de galactomanano

Pesquisa de galactomanano por dispositivos de fluxo lateral

Pesquisa de 1-3, B-D-glucano

Pesquisa de manano / anti-manano

Ressonância magnética T2 para detecção de candidemia

Coloração directa de amostra biológicas por calco-fluor

Detecção de ADN (PCR) de Aspergillus Spp

Detecção de ADN (PCR) de Candida Spp